segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

VERMELHA

(ao Mautner e a Dailor Varela)


A página vermelha
da outra história que os insetos do homem
não contam se abre
para a leitura dos que não sabem ler

Ponta de estrela
com ponta de estrela
Ponta de olho com ponta

Vês que o sol dos sóis se abre
e os até então cegos conhecem
o marco da luz laranja

A página das páginas
inscreve quatrilhões de silhuetas
a doida avalanche de teus beijos

E me digam que o poeta
é senhor de campos pálidos
que não passam de palavras

Divisor das águas desse mundo
Divisor, andante cavaleiro de violetas
e avenidas azulejadas
A página das cores rápidas
o olho comum não pode ver

(edu planchêz)

Nenhum comentário:

Postar um comentário