segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

DAS ESFERAS


"O aprimoramento endireita os caminhos
mas as sendas rudes
e tortuosas são as sendas do gênio"
(William Blake)



Fragmentos que derivam tão somente da alma,
vivo na fronteira dos tempos
Ventania flamejante,
faça-me voltar à tona,
cruzar o colosso,
ser navio e a loucura do perfume

Entre na afinação das esferas,
adorando o espírito que me habita
Se sou invasor, toque logo as trombetas
dos meus cabelos enigmáticos
Não vejo limites nesse incêndio

"Um gato silêncio atravessa a rua"
E eu apago as linhas do mapa-múndi

Se Ginsberg estivesse aqui
nebulosas despontariam
de nossos dedos de condão

Orientes e Ocidentes espalhados
A falta d’água é breve
Temporais ruirão do vazio
carregando os mundos da margem

Centenas de pétalas
lavam o ar melancólico
Ainda tenho minhas asas!

E no gemido da janela
move-se um Rock úmido
E a sombra do poeta
singra pelas areias juvenis
do deserto costeiro

Agora sou um pré-inca
Resta saber se escavando paredes
encontro as relíquias prometidas pelo Sol

(edu planchêz)

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