domingo, 25 de janeiro de 2009

GATO QUADRADO REDONDO

(para Silmara)


Gato quadrado subindo em diagonal a rua
do teu corpo mais que Cortez
Meu pé de chinelo azul e branco
cor da lua marcada pelas bondades vindouras

O futuro é o sol
Eu sou o futuro

Bate fundo no solo
Bate bate que não há portas

Gato redondo pulsando em teus lábios
de redentora das noites e dias

Vê se entende a qualidade
dos meus caprichos
que sou um homem alagadiço

Dizia ser ela uma borboleta,
o vento me mostrou outras asas:
môsca ou mais que mulher,
barata vivendo em todas as camadas
daquele arco-íris instantâneo


São José dos Campos, 24 de outubro de 1997

(edu planchêz)

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