segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

CACHOS DE UVAS


Se cada um de nós é um mundo,
e um mundo não tolera salas fechadas...
Me tome nos braços até que eu desapareça, Hölderlin!
Desapareça com cara de coelho
de coelho verde
e patine comigo sobre os espelhos
eu e você e os peixes

Hölderlin, as aves da nossa dimensão inventam
seus próprios carvalhos com folhas de arco-íris
e flores adocicadas
e vêem a mulher dos nossos olhos se ajeitar
entre as uvas-nebulosas das terras deltas
de homens comuns irmãos das aves
Aves e coelhos verdes, nós, poetas dos homens,
acordados pela grande natureza invisível
Conquistaremos o vinho das paixões e o
derramaremos aos povos.
E das antigas cinzas tempestades de beijos brotarão
banhando de repouso os mansos bosques
E o corpo já não terá limites

(edu planchêz)

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