segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
LAGARTOS
Lagartos caminham
tranqüilamente sobre o chão das águas
Tranqüilamente
retorno à minha voz e à vida
Período difícil
vivenciado por minha criatura,
ao fundo da terra fui
a fim de compreender algo
Herói na frente do espelho,
amigo de meus próprios ossos
E o vasto raio que não conhece limites
rasga para sempre as células da gaiola,
e o homem que correu de si mesmo
durante kalpas e mais kalpas
encontra seus pais
Vermelhas estrelas
Sereias estrelas
Um copo de leite,
pedaços de pão ainda quentes
A trajetória de um filho
estampada na pele do coração de sua mãe
Cerejas plantadas ali por mãos suaves
Seios-cofres de sonhos vitais
Tanta seiva jorrando em meio
à alegria dos irmãos
É a volta das brincadeiras
naqueles rostos agora adultos
(edu planchêz)
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