segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
BRAÇOS DA SAUDADE
25 anos se passaram desde a última
vez que cantei no banheiro
Tenho medo do tempo,
do tempo que me deixou mais velho,
do tempo que levou Elis para os braços da saudade
Tempo
remédio e veneno para os que andam
( sem relógio?)
Depois de ouvir Elis
poderia morrer
Muitas mortes ( as minhas)
marcadas com riscos de grafite
na coronha desse papoamarelo
do capitão Corisco
Muitas mortes ( as tuas)
sangradas nas antemanhãs
de todas as bocas desse tempo canibal
23 de março l998
(edu planchêz)
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